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Polícia

Filho de secretário de Segurança da Paraíba é detido por denúncia de uso de maconha

30/11/-1 às 00:11

Policiais militares apreenderam o filho do secretário de Segurança da Paraíba, Cláudio Lima, com um objeto usado para triturar maconha. O adolescente, 17 anos, foi detido com mais outro amigo, de 15 anos, na praia de Cabo Branco, em João Pessoa. Eles foram denunciados pelos moradores por consumo de maconha no meio da rua. Os garotos foram recolhidos por desobediência. Eles teriam xingado, gritado e debochado dos PMs. 

"Eles fumavam no meio da rua, sem medo. O filho do secretário disse que não sabíamos fazer nosso trabalho, que não éramos ninguém. Dentro da viatura, a caminho da delegacia ele se identificou, dizendo de quem era filho", relatou um policial que participou da ação e que preferiu não se identificar.

A delegada da Infância e Juventude, Juvanira Linhares, informou que não foi encontrado droga com os jovens e que eles só foram levados para a delegacia por terem se desentendido com os policiais. "Eles foram trazidos apenas porque ficaram nervosos com os policiais e não souberam dizer a quem pertencia o triturador", disse. 

De acordo com um policial, o adolescente de 15 anos contou que estava vindo da escola quando encontrou o filho do secretário, que o convidou a fumar maconha. Ele teria aceitado e juntos eles sentaram na calçada Avenida Paulino Pinto para fumar. Ainda segundo o adolescente, esta não é a primeira vez que o amigo o convida a usar drogas.

A delegada geral da Policia Civil, Ivanisa Olímpio, acompanhou o depoimento dos jovens. Ela disse que será feito um termo circunstancial de ocorrência (TCO) onde os adolescentes e seus responsáveis assinam o documento e se comprometem a comparecer à delegacia quando o juiz da Infância e da Juventude solicitar. 

Os policiais que fizeram a apreensão estavam com medo de sofrerem acusações de abuso, ao saberem que um dos meninos era filho do secretário. Os PMs solicitaram um exame de corpo de delito nos adolescentes para comprovar que não houve agressão. A delegada negou o pedido, mas voltou atrás e encaminhou a solicitação ao Instituto de Polícia Científica (IPC). Os dois garotos, acompanhados das mães, foram liberados.

O Estadão

 

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