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Alemanha 0 x 1 Espanha - Copa terá campeão inédito

29/07/2010 às 01:07
Campinas, SP, 07 (AFI) - Doze anos depois a Copa do Mundo voltará a ter um campeão inédito, assim como aconteceu em 1998 com a França. A Espanha garantiu pela primeira vez na história uma vaga à decisão contra a Holanda. Com uma marcação sólida e eficiente, a Fúria contou com um gol desta vez do zagueiro Puyol, para bater a Alemanha, por 1 a 0, na tarde desta quarta-feira, no Estádio Moses Mabhida, em Durban.

Com esta vitória história, a seleção ibérica garante o direito de disputar a tão sonhada taça da Copa contra a Holanda, que eliminou o Uruguai. A grande final será no próximo domingo, às 15h30 - horário de Brasília -, no Soccer City, em Joanesburgo. Aos alemães resta disputar de novo o terceiro lugar contra os uruguaios, sábado, às 15h30.

A classificação à final confirmou a grande fase vivida pelos espanhóis nos últimos anos. Há dois anos, o time conquistou sobre esta mesma Alemanha - e também pelo placar de 1 a 0 - o título da Eurocopa. É a melhor fase vivida pelo time latino, que a exemplo da Laranja Mecânica, sempre teve fama de amarelar em jogos decisivos.

Outro fato curioso é que desde 1978 não ocorria uma final de Copa sem as presença de pelo menos uma equipe campeã mundial. Desde a Copa de 1982, Alemanha, Brasil e Itália sempre chegaram à final. Curiosamente, em 78, a Holanda também foi finalista e acabou derrotada pela Argentina, que também conquistaria seu primeiro título mundial. Será este um sinal positivo à Espanha?

Vale lembrar: em apenas seis oportunidades, duas equipes que nunca haviam conquistado títulos se enfrentaram em uma final de Mundial: 1930 (Uruguai x Argentina), 1934 (Itália x Tchecoeslováquia), 1954 (Alemanha x Hungria), 1958 (Brasil x Suécia) e 1978 (Argentina x Holanda). A Espanha também conquistou sua melhor classificação na história das Copas, já que nunca foi finalista.

Alemães barrados
Ao contrário do ocorrido nos duelos contra Inglaterra e Argentina, a Alemanha não conseguiu impor seu futebol no início e, muito menos, abrir o placar logo de cara. Com uma forte marcação na saída de bola e buscando valorizar a posse da bola, a Espanha teve um ligeiro domínio nos primeiros minutos.

A primeira chance de perigo do jogo (se é que pode ser considerada como tal) aconteceu aos seis minutos. O atacante Pedro, que ganhara a vaga de Fernando Torres, lançou o artilheiro David Villa nas costas da zaga. Ele tentou dominar, mas o goleiro Neuer interceptou bem.

Pressionados em seu campo de defesa, os alemães erraram passes em demasia, e o jogo seguiu sem grandes emoções. A Fúria voltou a assustar aos 14 minutos. O meia Xavi levantou pelo lado direito e o zagueiro Puyol, sem marcação, cabeceou rente ao travessão.

Os espanhóis chegaram a ter 68% da posse de bola, mas também não conseguiram pressionar. No final da etapa, Alemanha se aproveita da queda de rendimento físico do adversário para sair um pouco mais de trás. Em sua melhor chance, aos 46, a tricampeã do mundo quase fez com Özil, que recebeu livre na área, mas foi desarmado.

Fúria de Puyol
No segundo tempo, a Espanha voltou a ainda mais incisiva e conseguiu imprimir uma grande pressão. E menos de 15 minutos foram três grandes chances com Xabi Alonso, David Villa e Iniesta. A melhor delas foi aos 13. troca passes no ataque. Xabi Alonso bateu e Neuer fez grande defesa no canto direito.

Depois dos seguidos sustos, a Alemanha se animou um pouco e poderia ter aberto o placar, não fosse o goleiro Casillas. Aos 24 minutos, o atacante Podolski cruzou pelo lado esquerdo e Toni Kroos finalizou de primeira para bela defesa do camisa 1 espanhol.

Quando tudo levava a crer que os alemães colocariam fogo no jogo, os espanhóis abriram o placar. Xavi cobrou escanteio pelo lado esquerdo e Puyol subiu alto para marcar de cabeça. Após o gol, a seleção germânica foi para o ataque na base do desespero.

Nos últimos minutos, o jogo ficou aberto. A Alemanha foi para o tudo ou nada, mas acabou se abrindo. Aos 37, o atacante Pedro desperdiçou uma grande oportunidade de liquidar a fatura. Ele escapou com liberdade, mas em vez de tocar para Fernando Torres, livre, preferiu segurar e acabou desarmado.

Ficha Técnica

Alemanha 0 x 1 Espanha

Local: Estádio Moses Mabhida, em Durban
Árbitro: Viktor Kassai (HUN)
Gols: Puyol aos 28'/2T (Espanha)

Alemanha
Neuer, Lahm, Friedrich, Mertesacker e Boateng (Jansen); Schweinsteiger, Khedira (Mário Gomez),
Trochowski (Kroos), Özil e Podolski; Klose.
Técnico: Joachim Löw

Espanha
Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso (Marchena), Xavi, Iniesta e Pedro (David Silva); David Villa (Fernando Torres).
Técnico: Vicente del Bosque

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