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“Sentia saudade demais dos meus filhos”, diz Maria da Luz que passou 11 dias no Presídio Feminino, em Patos

29/05/2015 às 06:05

Maria da Luz, 45 anos, não conteve as lágrimas ao ser perguntado sobre a saudade dos seus filhos. A dona de casa foi posta em liberdade nesta quinta-feira, dia 28, após passar 11 dias no Presídio Regional Feminino, em Patos, devido mandado de prisão em aberto que a acusa de incêndio criminoso em barracos localizados na BR 230, vizinho ao AgroCentro, também em Patos. O incêndio aconteceu em 2010.

A dona de casa é mãe de 8 filhos, sendo 5 ainda crianças. Ela mora há 15 anos numa casa muito simples no Bairro Vitória e tem renda proveniente de lavagem de roupa de terceiros. Maria da Luz havia sido presa ao ir à Delegacia de Polícia Civil (DPC) prestar queixa contra o ex-marido por ameaças e agressão. Ao ser reconhecida pelos policiais, Maria da Luz recebeu voz de prisão e foi levada ao Presídio Feminino para cumprir pena com mais de 5 anos em regime fechado. Landres Tadeu, filho da dona de casa, levou o caso à imprensa e comoveu a cidade de Patos.

A soltura de Maria da Luz se deu através de esforços do advogado e vereador Maurício Alves,além da sensibilidade no caso dos próprios operadores da justiça do Fórum Miguel Sátiro. “Nessa fase inicial foi mais de intermediação para agilização dos trâmites judiciais já que nesse primeiro momento, graças a Deus, ela está de volta para sua casa, mas vai ficar no semiaberto. Dona Maria da Luz tem emprego fixo, ela lava roupas para algumas pessoas, ela tem residência fixa como a gente sabe. Tomamos conhecimento através de matéria feita por Jozivan Antero no Patosonline...para nossa alegria e satisfação hoje pela manhã foi dado o alvará de soltura. Agradecemos a todo o Poder Judiciário que se solidarizou com a situação de Dona Maria da Luz”, relatou Maurício.

Durante entrevista Maria da Luz falou sobre os 11 dias que ficou presa: “Foi muito bom não! Fiquei lá presa junto com as outras presas, mas tive que ficar lá trancada. Fazer o quê? A comida não é muito boa, mas também não é dessas mais ruim, a água é quente, da torneira, não saia, não tive visita. Ficava lá trancada direto 24 horas no ar esperando a justiça, até que um dia, hoje, saí para rua”. Perguntada sobre a saudade dos filhos ela relatou: “Sentia saudade demais, chorava muito lá, muito difícil. Nunca me apartei dos meus filhos hora nenhuma. Sofri muito lá sem ver eles”, finalizou Maria da Luz.

 

 

Por Jozivan Antero – Patosonline.com

 

 

OUÇA entrevista com Maurício Alves e Maria da Luz:

 

Áudio Maurício Alves - advogado e vereador (caso Maria da Luz)

Áudio Maria da Luz - acusada em liberdade

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