A peregrinação da criança de apenas dois anos e dos pais começou as 7horas da noite dessa terça-feira (05) no município de Boa Ventura onde mora a família. Segundo a mãe do menino, Maria da Guia da Silva, a criança teria engolido uma moeda que ficou alojada no esôfago, desesperada recorreu ao hospital de Itaporanga, cidade mais próxima, como precisava de uma especialista a criança foi encaminhada para o Hospital Regional de Patos, a mãe chegou por volta das 2 horas da manhã, ao chegar ao hospital foi informada que a médica plantonista Isabel Rejane B. Leite não se encontrava no Hospital.

Ainda assim a família da criança foi informada que também não conseguiram localizar a médica em casa, nem no contato por celular e que nada poderia ser feito, desesperados familiares da criança procuraram a delegacia da cidade onde foram atendidos pela delegada Rosana Gomes que travou um verdadeira guerra entre o hospital e o direito do paciente que na madrugada estava sendo negado.

Segundo a delegada, foram vários contatos com enfermeiros e funcionários do Hospital que não apresentavam nenhuma opção para a mãe com a criança engasgada, depois de várias tentativas sem sucesso a delegada Rosana Gomes informou que iria representar a médica Isabel Rejane B. Leite e o Hospital ao Ministério público, ela ainda informou que se a criança morresse a médica que deveria estar no Hospital responderia pelo crime de omissão de socorro juntamente com o Hospital.

Somente as 5horas da manhã dessa quarta-feira (06) a delegada conseguiu falar com o coordenador da endoscopia, Pedro Pereira Lacerda que informou que o Hospital estava sem ambulância para transferir a criança e sem motoristas disponíveis.

Já cansada do descaso a delegada ordenou o hospital a tomar providência imediatamente, meia hora depois foi possível conseguir uma ambulância pequena e o porteiro do hospital foi o responsável pela condução do veículo porque o motorista oficial teria viajado para a Capital.
O fim da polêmica só acabou com a chegada do motorista quase às 6 horas da manhã quando a criança foi transferida para Campina Grande com a moeda alojada no esôfago.

A delegada Rosana Gomes informou que entrou em contato com o Ministério Público e que vai mover uma ação contra a médica e o Hospital Janduy Carneiro e ainda disse que essa não foi a primeira vez que o Hospital Regional em Patos fica sem plantonista, e que a cerca de três meses uma mulher engasgada com uma espinha de peixe sofreu o mesmo drama e também teve que recorrer a polícia para garantir o atendimento.

Fonte: Mônica Rodrigues – Horaexata