A Polícia Federal decidiu, nesta quinta-feira (28), abrir um inquérito para apurar a suspeita de crime eleitoral na distribuição de panfletos difamatórios contra Ricardo Coutinho (PSB), candidato ao Governo do Estado. Um helicóptero alugado que estava a serviço do candidato José Maranhão (PMDB) foi apreendido, revistado e lacrado na quarta-feira em Patos, no Sertão, por indícios de uso da aeronave na propaganda irregular.

O departamento jurídico da campanha de Ricardo Coutinho anunciou que vai entrar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) para que seja apurado se houve abuso de poder econômico.

Carlos Fábio, coordenador jurídico da coligação Paraíba Unida, que representa Maranhão, defendeu que não há indícios de participação deste helicóptero na distribuição dos panfletos. Segundo ele, a coligação vai pedir a liberação do veículo.

“A coligação não utiliza, de forma nenhuma, esse procedimento. A Polícia Federal revistou o helicóptero duas vezes e não encontrou nada. Estamos acompanhando o andamento das investigações, porque também queremos que o caso seja esclarecido. O candidato José Maranhão tem uma história conhecida por todos, e ele não iria concordar de jeito nenhum com isso. Essas denúncias nos preocupam, porque podem estar sendo criadas pela coligação adversária na hora do desespero para vitimizar seu candidato”, afirmou Carlos Fábio.

O caso

Na quarta-feira, várias cidades paraibanas amanheceram cobertas por panfletos anônimos que levantam questões religiosas contra Coutinho. No mesmo dia, o candidato fez uma visita ao superintendente da Polícia Federal, Sinomar Maria Neto, solicitando investigação. O corregedor eleitoral Carlos Neves solicitou a apreensão do helicóptero para averiguar as denúncias.

As denúncias de crimes eleitoral e ambiental foram acatadas pelo juiz da 28ª Zona Eleitoral em Patos, Ramonílson Alves Gomes, que determinou à PF o cumprimento do mandato. No mesmo dia, o helicóptero transportou José Maranhão até Patos. O veículo foi apreendido no mesmo aeroporto onde houve o desembarque do candidato, mas nenhum material suspeito foi encontrado nas revistas.

Fonte: Karoline Zilah – Paraíba1