Concedendo entrevista na manhã desta quinta-feira, dia 25, ao jornalista Higo de Figueirêdo, o Promotor Dr. Túlio César, do Ministério Público Estadual (MPE), rompeu o mistério e divulgou o nome dos três vereadores que estão sendo investigados através de inquérito instaurado pelo MPE, no qual apura doações de campanhas possivelmente irregulares feitas nas eleições de 2016.

Dr. Túlio César (foto) disse que os vereadores Sales Júnior (PRB), Toinho Nascimento (PSDB) e Gordo da Sucata (PV) estão sendo investigados através de processo, no entanto, alegou que os vereadores não são culpados até o momento, porém isso depende da instrução processual e do seu fechamento.

O Promotor explicou que foram detectadas doações para vereadores por parte de pessoas com rendimento incompatível: “Na verdade essas doações, que estão tendo muita repercussão na cidade, foram constatadas pelo MPF. O MPF faz um relatório de doações de campanha, compara com a renda formal dita pelo doador e o valor. Ele traz ao Ministério Público Eleitoral para averiguar se a pessoa tem capacidade financeira para fazer essas doações. Se efetivamente aquela doação está dentro da legalidade, ou seja, da legislação eleitoral...tinham algumas pessoas que eram beneficiarias do Bolsa Família e efetivaram doações incompatíveis com a renda que ele anunciou formalmente no Bolsa Família...”, disse Dr. Túlio.

Falando em nome do vereador Sales Júnior, o advogado do Múcio Sátiro Filho, comentou que Sales não está sendo investigado por ter recebido doação de pessoas carentes ou outro tipo, mas sim por ter recebido uma doação do irmão do vereador de alocação de um carro. “O valor que seria a locação de um carro foi o valor que ele recebeu como forma de serviço! Não remete a nenhuma questão financeira, nada disso não. Ele apenas foi intimado para prestar esclarecimento sobre essa doação do veículo. Nada mais! Informações já foram prestadas há mais de 15 dias e confiamos que o juiz as acatará e arquivará essa investigação”, relatou.

O vereador Toinho Nascimento ligou para a Rádio Espinharas durante o Programa Espinharas Notícias e disse: “O carro de minha esposa entrou como serviço de R$ 2.500,00...o pessoal faz um tumulto. Na realidade cada caso é um caso! Isso já foi justificado no mês de abril...tem coisas que a gente tem que ter cuidado para não criar uma manchete numa coisa que já foi até esclarecido. Essa documentação já foi enviada dentro da data dizendo que o carro que eu usei entrou como um serviço, que foi o carro de minha esposa”.

Nem a assessoria e nem o vereador Gordo da Sucata se posicionaram até o fechamento desta edição.

Por Jozivan Antero – Patosonline.com

OUÇA o Promotor Dr. Túlio César e o advogado Múcio Sátiro Filho: