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Brasil estreia na segunda fase contra rival que dá dor de cabeça

05/11/2010 às 21:11

O Brasil se prepara para ter dor de cabeça contra a Tailândia. Literalmente. A adversária na abertura da segunda fase do Mundial feminino de vôlei, às 4h30 (de Brasília) deste sábado, exige tanta concentração que as jogadoras alegam deixar a quadra com a cabeça doendo.

“É difícil. Contra todos os times asiáticos você precisa ter atenção pelas mexidas e a velocidade que eles impõem.Você fica concentrado o tempo todo que até dá um pouco de dor de cabeça”, relata a capitã da seleção brasileira, a meio de rede Fabiana.

A oposto Sheilla, segunda maior pontuadora do Brasil no Mundial, atrás apenas da ponteira Natália, concorda com a análise de Fabiana. “É um time com característica asiática: cruza para lá, cruza para cá. E tem um bom sistema defensivo. Precisamos de muita concentração. A gente vai ter um pouquinho de dor de cabeça vendo elas correrem de um lado para o outro.”

Atual campeã asiática, a Tailândia nunca venceu o Brasil em competições oficiais. Foram oito partidas, com oito triunfos brasileiros. O último encontro aconteceu na Copa dos Campeões do ano passado, com uma vitória de 3 a 0 da seleção comandada por José Roberto Guimarães.

No Mundial de 2010, o Brasil ainda não enfrentou nenhum time com o estilo de jogo tailandês, de velocidade, ataque baixo e defesa apurada. Por isso, o treinador usou os dois últimos dias para orientar a equipe a fazer esse tipo de marcação.

“A gente tem que se posicionar bem e não dar muito a mão de fora ou pular muito porque elas passam embaixo do braço. Tem que ter uma técnica especial quando a gente vai jogar contra times que atacam nessa altura, porque a gente está acostumado a pular muito, a ir muito alto pra poder bloquear. Só que elas não têm esse tipo de ataque. Então tem que ter uma paciência enorme nesse estilo de jogo porque a gente não vai derrubar na primeira bola. A gente vai ter dificuldade de tocar nas primeiras bolas, até começar a se ajustar no tempo delas”, analisou Zé Roberto.

Para evitar ser surpreendido pelos ataques tailandeses, Zé Roberto quer que a seleção force o saque contra as adversárias. “Elas não são altas, mas são extremamente habilidosas. Como técnica individual de ataque e muito velozes. Talvez elas sejam o time com mais combinações de ataques do Campeonato Mundial. Pelo que eu estudei nos vídeos elas estão com muitas jogadas. Aí vai depender do passe. É o que a gente não pode deixar que aconteça. Para evitar isso a gente precisa sacar bem”, disse.

Como os resultados obtidos na primeira fase do Mundial continuam válidos, o Brasil já entra em quadra na liderança do grupo F da segunda fase, com seis pontos (três vitórias em três jogos). A Tailândia é a lanterninha do grupo, com apenas três pontos (nenhuma vitória em três partidas).

 O Brasil ainda vai enfrentar nesta fase as seleções de Cuba (domingo), Alemanha (terça-feira) e Estados Unidos (quarta-feira). República Tcheca, Holanda e Itália, derrotadas pelas brasileiras na primeira fase, também estão no grupo.

 

Do Uol

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