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Emocionado, Richarlyson dá adeus ao São Paulo

03/12/2010 às 18:12

O ciclo de Richarlyson no São Paulo está encerrado. O volante concedeu no início da tarde desta sexta-feira sua última entrevista como jogador do clube. Enquanto respondia as perguntas, ele fez um resumo da passagem cinco anos e meio pelo Morumbi, foi interrompido pelos companheiros, que cantaram em sua homenagem e chorou por diversas vezes.

Com 244 jogos disputados desde que chegou ao São Paulo, em 2005, Richarlyson é o segundo jogador há mais tempo no atual elenco, ficando atrás apenas do goleiro e capitão Rogério Ceni. No período, ele marcou 12 gols e participou das conquistas do Mundial de Clubes em 2005 e do tricampeonato brasileiro consecutivo, entre 2006 e 2008.

“É um momento muito especial, que a gente nunca pensa em passar, por tudo aquilo que passou dentro desse clube, toda a história. Mas futebol é assim. É apaixonante, dinâmico, real”, disse Richarlyson logo na primeira resposta ao tentar explicar o sentimento da hora da despedida.

O camisa 20 só lamentou o fato de não ter conquistado 100% da torcida são-paulina, mas se disse feliz “por ter conquistado 99%” e disse inclusive que os “verdadeiros torcedores” pediam para ele continuar no time, mas que isso não seria possível por conta de novos interesses da diretoria, especialmente a prioridade que deve ser dada, a partir de 2011, às categorias de base.

Quando falava sobre os motivos que impediram uma renovação de contrato, Richarlyson foi interrompido por alguns companheiros de elenco, Thiago Carleto, Lucas, Lucas Gaúcho, Jorge Wagner, Bruno Uvini, Alfredo, Wellington, Alex Silva e Cleber Santana. Carleto chegou já dando o aviso que não surtiria efeito: “não vai chorar”.

Os jogadores abraçaram o volante e cantaram a música “Amizade”, do grupo Fundo de Quintal. Depois de frases como “a amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir” e “valeu por você existir, amigo”, foi inevitável: Richarlyson foi às lágrimas e preciso de alguns momentos para se recuperar e continuar a entrevista.

Em meio a temas polêmicos, como o alto número de expulsões ao longo de 2010, julgamentos, e a resistência de parte da torcida organizada, Richarlyson celebrou os títulos conquistados, os prêmios individuais que obteve e a chegada à seleção brasileira em 2007.

Entrevista encerrada, foi a vez da diretoria homenagear o jogador. “Você vai fazer muita falta no nosso dia a dia, mas as pessoas crescem, melhoram, e você vai fazer em outros lugares os mesmos amigos que fez aqui. Você é muito especial, agradecemos por tudo o que você fez, nós te amamos muito”, disse o superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha antes de abraçar Richarlyson, ambos chorando.

Por conta do julgamento desta tarde no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e por já saber que não terá o contrato renovado, Richarlyson não será relacionado para a última partida do ano, contra o Atlético-MG. Sobre o futuro, ele não revelou avanços em nenhuma negociação, apesar das especulações de que já teria sido procurado por Fluminense, Botafogo, Atlético-MG e por um time da Grécia.

 

Do IG

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