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Esportes

Campus de Patos realiza projeto através do Karatê e conquista títulos em competições do Estado

03/12/2010 às 19:12

Alunos participantes do projeto de extensão “Karatê como instrumento de inclusão social”, promovido pelo Campus VII da Universidade Estadual da Paraíba, instalado em Patos, têm dado mostras de que levam a prática esportiva a sério. Em apenas três competições, a equipe já conquistou 14 títulos, sendo dois de primeiro lugar, nove de segundo e três de terceiro. A atividade começou em 2009, sob a coordenação do professor Odilon Avelino, diretor do Centro de Ciências Exatas e Agrárias (CCEA) da UEPB.

         Conforme os idealizadores, o projeto tem como objetivo proporcionar a inserção social de crianças e adolescentes que vivem em áreas de risco nos municípios paraibanos de Patos e Soledade, através da prática do Karatê. Os treinamentos estão sendo realizados não apenas no Campus VII, mas também nas instalações do Serviço Social da Indústria (SESI) e na Escola Nosso Lar Tio Juca, envolvendo aproximadamente 100 pessoas.

         Para a execução do projeto, Odilon Avelino (que é faixa-preta 1º Dan e tri-campeão paraibano de luta), conta com o apoio do professor Jurandir Olímpio Alves (faixa-preta 5º Dan e ex-aluno do curso de Educação Física da UEPB) e da bolsista Jéssika Taiza de Melo, estudante de Educação Física do Campus I da UEPB. Além disso, a Universidade Estadual da Paraíba e a Secretaria de Educação de Patos participam diretamente do empreendimento. O Dan é uma das graduações dessa arte marcial. Na classificação de faixas pretas, Dan significa grau, sendo a primeira faixa preta a de 1º Dan, a segunda faixa preta 2º Dan e assim por diante em ordem crescente. Em um plano simbólico, o preto se refere aos conhecimentos apurados durante anos de treinamento.

         Na última competição na qual se inscreveram, a “1ª Taça de Karatê do Colégio Alfredo Dantas (CAD)”, em Campina Grande, os alunos do projeto conquistaram seis medalhas. Um dos destaques da equipe foi o aluno Djavan Ferreira, que obteve o primeiro lugar na categoria adulto. Além dele, os estudantes Wallyson José, Lucas Bezerra e Antonio Ricardo foram vice-campeões em suas categorias, enquanto os estudantes Joseildo dos Santos e Ionara Pereira ficaram em terceiro lugar.

         Para os praticantes, o próximo passo é continuar se preparando para o exame de faixa, que acontecerá no dia 05 de dezembro, às 9h, no Campus de Patos.

 

Mais sobre os benefícios do Karatê

Segundo o professor Odilon Avelino, a utilização do Karatê como esporte, difundido na comunidade sertaneja - envolvida com os projetos de extensão da UEPB - surge como um instrumento de auxílio diante dos muitos problemas que afligem a sociedade, particularmente as crianças e os adolescentes. “Muitos não têm acesso ao básico que uma pessoa necessita para viver e terminam seguindo por caminhos tortuosos que os levam a uma vida desregrada, sem perspectivas”, explicou.

         O Karatê é uma das práticas orientais que utilizam princípios filosóficos capazes de auxiliar na autoconfiança e autovalorização -  fundamentais para o resgate da identidade social. “Para alcançar os objetivos pretendidos, a metodologia se baseia em aulas práticas das técnicas, preleções de conhecimento sobre a importância da arte, aulas de concentração e autocontrole, conversas motivacionais, participação em competições e exames de faixa”, disse Avelino. Assim, ao mesmo tempo em que se desperta nos participantes o interesse pela arte e pelo esporte, é possível promover a saúde física e mental, a sensibilidade, o domínio do ritmo, a coordenação motora, o espírito de cooperação e trabalho em grupo, entre outros.

Na opinião dos organizadores, no decorrer do projeto de extensão “Karatê como instrumento de inclusão social”, muitos praticantes melhoraram o comportamento, diminuíram a agressividade, deixaram vícios e passaram a conviver melhor com as pessoas em casa, nas ruas e na escola. Também se tornaram mais afetivos, emocionalmente controlados e concentrados. Além de idealizarem perspectivas de melhoras no futuro, eles já anseiam por outras conquistas, dessa vez muito maiores, que vão além das competições esportivas.

 

Com Ascom/UEPB

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