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GIAASP entra na luta em defesa dos barraqueiros

19/02/2011 às 04:02

A luta dos barraqueiros ganhou mais um reforço na tarde desta sexta-feira, dia 18. O Grupo Independente de Análise e Ação Social e Política de Patos – GIAASP convocou os comerciantes que sobrevivem das barracas que estão para ser retiradas da Rua Leôncio Wanderley no Centro de Patos. O fato ganhou notoriedade depois que o Ministério Público determinou a saída das 36 barracas que estão do lado de fora do Mercado Público Municipal. A reunião aconteceu no auditório da Rádio Espinharas e contou com a presença de Dr. Rui Filho, do advogado Joil Freitas, do presidente do GIAASP, Toní e de membros da imprensa patoense.

Para Antonio Justiniano (Toní), presidente do GIAASP, a determinação de desobstrução da rua em questão é apoiada, mas o que está em jogo é a forma usada para essa desobstrução. “Famílias que sobrevivem há anos da renda obtida nesse local de trabalho não podem simplesmente sair como se nada tivesse acontecido. Tem pessoas que já tem mais de 50 anos no local. As autoridades têm que encontra uma saída para que as famílias tenham um novo local para trabalhar dignamente como vem acontecendo”, confessou o presidente.

Os pequenos comerciantes levaram recibos comprovando que pagavam semanalmente a prefeitura para estarem no local (foto). Alguns recibos apresentam uma observação: ‘Guarde o recibo’. Esse fato reforçou aRecibo da PMP tese de que a Prefeitura de Patos cobrava os valores mesmo sabendo da prática irregular mantida na Rua Leôncio Wanderley. O valor é pequeno, de apenas R$ 2,00, mas comprova que os barraqueiros pagavam para exercer o comércio com autorização da prefeitura.

Foram vários relatos de ameaças sofridas pelos pequenos comerciantes nesses últimos dias. Alguns sobrevivem exclusivamente da atividade e não tem perspectiva nenhuma se a concretização da determinação sumária acontecer conforme deseja a Prefeitura de Patos que acionou o Ministério Público. Ambulantes em outras áreas da cidade receberam notificação da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos de Patos – STtrans para saírem dos seus locais de trabalho.   

“Estamos sendo tratados como marginais. São ameaças, insensibilidade e indiferença. Os que quiserem nos ajudar nessa luta são bem vindos e vocês (GIAASP) deram um novo ânimo pra gente”, disse Marilene Lima, uma das prejudicadas.

 

Jozivan Antero – patosonline.com  

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