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Homenagem ao radialista Paulo Porto marca a primeira sessão da câmara em 2011

23/02/2011 às 15:02

A Câmara Municipal de Patos após um delongado recesso reiniciou os trabalhos legislativos na noite desta terça-feira (22) e aprovou por unanimidade, requerimento que denomina de radialista Paulo Porto, a cabina de imprensa, inclusive inaugurada na mesma ocasião.

A Iniciativa do projeto viabilizou a implantação da cabina nas proximidades da mesa diretora, porém a presidência resolveu removê-la para o final do auditório da casa, ficando com uma visão privilegiada para os profissionais, porém nem todos que trabalham por ali têm lugar garantido, já que o espaço físico não é suficiente.

A esposa do saudoso Paulo Porto, Gorete Porto, a filha do casal, Thays Porto e as irmãs Socorro e Célia Porto, estiveram no Plenário da Câmara para receber a homenagem ao radialista. Em nome da família, Socorro Porto agradeceu emocionada ao autor do requerimento, bem como a aprovação da casa.

Relembre...

Paulo Ayres Porto, que também foi eleito vereador e não teve a oportunidade de assumir a cadeira, foi brutalmente assassinado no dia 07 de dezembro, em 92, aos 34 anos de idade, em companhia de uma amiga conhecida por Alba Liene Pereira Viana, 26 anos, e os corpos desovados nas imediações do Aeroporto Brigadeiro Firmino Ayres na cidade de Patos.

De acordo com as informações à época, o radialista foi visto pela última vez em companhia da mulher um dia antes do assassinato dos dois. Segundo relato de testemunhas, eles passaram pelo Posto da Operação Manzuá (da PM) e não retornaram mais a cidade.

O assassinato do casal abalou a cidade de Patos e chamou atenção do estado naquele ano com uma grande repercussão. Uma pessoa foi presa como primeira suspeita. Ela era suplente do vereador assassinado, porém por falta de provas, foi solta em seguida.

Cerca de 10 mil pessoas acompanharam o sepultamento do radialista. Ele trabalhava na Rádio Espinharas e estava deixando a emissora para se dedicar aos trabalhos do Legislativo, porém não teve oportunidade por conta da brutalidade dos algozes.

Os corpos foram encontrados praticamente mutilados pelo tamanho da brutalidade dos assassinos. Eles estavam com as mãos amarradas para traz e foram amordaçados para não gritar e despertar atenção de alguma pessoa que passasse pelo local.

O carro em que o casal estava pertencia à empresária Alba Liene e só foi encontrado no dia seguinte ao assassinato na cidade de Quixaba.

 

Fonte: Mário Frade/Foto montagem Portalpatos/Foto de Paulo Porto: Patosemrevista

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