O governo do estado sofreu na quarta-feira, dia 9, a segunda "baixa" no primeiro escalão desde que o governador Ricardo Coutinho (PSB) assumiu o poder, há pouco mais de dois meses. Na tarde de quarta-feira, a Secretaria de Comunicação tornou pública a carta encaminhada pelo médico Mário Toscano, na qual ele pedia exoneração do cargo de Secretário de Saúde. No documento, o auxiliar alegou questões de saúde, o mesmo argumento apresentado pelo ex-titular da pasta da Educação, Fernando Abath Cananéa.

Ao contrário de Cananéa, no entanto, Toscano pediu para ser deslocado para um cargo de planejamento na Secretaria de Saúde, no segundo escalão, e foi atendido pelo governador Ricardo Coutinho. "(Meu) entusiasmo foi tolhido por limitação da resposta de meu organismo às duras condições de tensão que o exercício do cargo impõe, ininterruptamente, como já adiantei em contato pessoal com Vossa Excelência", disse o ex-titular da Saúde.

Mário Toscano é hipertenso e teve substanciais elevações da pressão arterial nos últimos dois meses, devido ao exercício da função. Desse modo, o médico cardiologista deixa a função da gestão executiva do órgão para dedicar-se ao setor de planejamento da referida secretaria. O governador Ricardo Coutinho ainda não definiu quem irá substituir Mário Toscano à frente da Secretaria de Saúde do Estado. Até lá, o secretário Executivo, Waldson Souza, responderá interinamente pela pasta.

Quando assumiu o cargo ex-secretário se deparou com uma situação de completo caos em vários hospitais estaduais. O quadro mais grave foi verificado no Hospital Regional de Campina Grande, onde, com problemas na estrutura física, as pessoas eram atendidas nos corredores. Além disso, faltavam medicamentos para os pacientes e foi preciso o auxílio da prefeitura de João Pessoa para que fosse mantido o atendimento na unidade de saúde.

Fonte: Jornal O Norte