Rio de Janeiro, RJ, 28 (AFI) - Uma grande polêmica promete agitar os bastidores da Copa do Brasil nas próximas semanas. É que a competição corre o risco de ser paralisada. Tudo porque o Vitória é acusado de escalar de maneira irregular o atacante Júnior, que teria utilizado documentação falsa.

Certos de que poderão tirar vantagem da situação do Leão, Náutico e Goiás, pela Copa do Brasil, e Bahia, pelo Campeonato Baiano, prometem entrar com recurso na Justiça. No torneio estadual a situação é ainda pior, tendo em vista que o clube rubronegro corre o risco até mesmo de ser rebaixado.    

A ideia inicial de pernambucanos e goianos era de suspender o duelo entre Vitória e Vasco, nesta quarta-feira, no Barradão. O procurador geral do Superior Tribunal de Justiça (STJD), Paulo Schimidt, já descartou a possibilidade, alegando não haver tempo hábil para esta decisão.

Entenda o caso
O atacante Júnior possuía vínculo com o Treze-PB até 2004. Acontece que em 2003, o jogador deixou clube e se transferiu ao futebol europeu influenciado por seu empresário. Ele perambulou nos últimos sete anos pelo exterior até desembarcar no Vitória, em janeiro deste ano.

O Certificado de Transferência Internacional (ITC) da CBF, contudo, indica que Júnior seguiu vinculado ao Treze até o dia 02/02/2010, mesma data em que transferiu-se ao Copenhagen, da Dinamarca, seu último clube antes do Leão. Não bastasse isso, Relação de Retornos do Exterior para o Brasil aponta a ida do atacante ao Leão no mesmo dia.

O departamento jurídico do Vitória garante que não há nenhuma irregularidade e aposta no fato do nome do jogador ter aparecido no  Boletim Informativo Diário Eletrônico (BID) da CBF.