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Com rivalidade e respeito, Brasil e Holanda reeditam duelo épico

29/07/2010 às 01:07

Um gol de falta de Branco em 1994 e as defesas impressionantes de Taffarel em batidas de pênalti quatro anos depois marcaram dois duelos épicos da seleção brasileira em Copas. Em ambos os casos, a 'vítima' foi a Holanda, que nunca demonstrou medo diante da amarelinha. A rivalidade aumentou entre as seleções depois daqueles jogos, mas o respeito também é grande. Portanto, nesta sexta-feira, às 11 horas (de Brasília), o Brasil reencontra a Laranja em um jogo que pode marcar mais um capítulo emocionante no futebol, pelas quartas de final do Mundial da África do Sul.

Os treinadores Dunga e Bert Van Marwijk prometem não mudar as características de suas equipes no confronto no estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth. Pela primeira vez, a seleção pentacampeã enfrentará um adversário capaz de atacar com eficiência (diferente do avanço desordenado do Chile).

"Esperamos que seja uma partida aberta, ninguém mais pode ficar muito fechado neste momento, é preciso jogar para vencer. A Holanda tem jogadores de qualidade e a tendência é que seja uma partida bonita de se ver", aposta Dunga, que esteve nos dois confrontos da década de 1990.

E os holandeses realmente não se mostram dispostos a mudar as próprias características só por conta do jogo contra o Brasil. Adotar a retranca nem passa pela cabeça do técnico Bert Van Marwijk, que confia na velocidade da Laranja para superar os pentacampeões.

"O Brasil é uma equipe com estilo próprio e estável, que tem um início lento de bola, mas acelera quando passa ao ataque. Eles aguardam sempre que os adversários cometam erros e, por isso, são extremamente perigosos, não podemos nos enganar. Queremos aplicar muita pressão sobre eles e evitar que nos coloquem estresse. Será um jogo interessante", avalia.

Apesar da aposta em um jogo com muitos gols, os técnicos também têm cautela. Nos dias que antecederam o compromisso, ambos exigiram de seus jogadores nos treinos de cobranças de pênaltis. Mas a esperança está mesmo depositada nos pés dos jogadores de frente de cada lado. Kaká evolui cada vez mais com o Brasil, enquanto Robben vem provando ser o mesmo atacante perigoso que brilhou pelo Bayern de Munique na última temporada europeia.

"A Holanda tem jogadores tão importantes como o Brasil, com um futebol técnico e que gosto de olhar", admite Dunga. Por coincidência, os dois comandantes utilizam mais uma tática parecida: o mistério.

Bert Van Marwijk se limita a admitir que tem todo o elenco à disposição, inclusive Van der Vaart, recuperado de contusão. Mas o treinador não revela os 11 eleitos.

Já Dunga tem mais motivos para esconder o jogo. Elano é o único desfalque confirmado, com um edema ósseo no tornozelo direito. Assim, Daniel Alves segue no meio-campo. A grande dúvida é o aproveitamento de Felipe Melo, que treinou bem na quarta e na quinta. Mas o treinador não confirma o retorno do atleta, e Josué fica pronto para alguma eventualidade.

FICHA TÉCNICA
HOLANDA X BRASIL

Local: Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth (África do Sul)
Data: 2 de julho de 2010, sexta-feira
Horário: 11 horas (de Brasília)
Árbitro: Yuichi Nishimura (do Japão)
Assistentes: Toru Sagara (do Japão) e Hae Sang Jeong (da Coreia do Sul)

HOLANDA: Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel, De Jong e Sneijder; Van der Vaart (Kuyt), Van Persie e Robben
Técnico: Bert Van Marwijk

BRASIL: Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo (Josué), Daniel Alves e Kaká; Robinho e Luís Fabiano
Técnico: Dunga

 

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