NO AR
Esportes

Espanha e Holanda decidem quem entra na lista de campeões da Copa

29/07/2010 às 01:07
Terra
 
Foto:Fifa/Divulgação

Por mais que a Holanda seja lembrada pelo futebol vistoso na década de 70 e a Espanha como sétima colocada no ranking de Mundiais da Fifa, as duas seleções precisam de uma vitória neste domingo, às 15h30 (de Brasília), no Estádio Soccer City, para deixarem de serem coadjuvantes na história das Copas do Mundo.

No momento, espanhóis e holandeses estão ao lado de outros 67 países que participaram do Mundial e não conquistaram o título. Uma vitória neste domingo na África do Sul colocará um dos países no pequeno grupo de campeões mundiais, que no momento inclui Brasil, Itália, Alemanha, Inglaterra, Argentina, Uruguai e França.

Se levada em conta a história, a final tem para a Holanda um ar mais dramático do que para os adversários. Foram dois vice-campeonatos, em 1974 e 1978, em uma geração que revolucionou o futebol, mas ficou à margem dos campeões ao perder para Alemanha e Argentina, respectivamente, na partida final.

"Não pensamos no passado, nos antigos jogadores e nem pensamos nas conquistas não alcançadas. Queremos ganhar a final e é só nisso que pensamos. Não olhamos para o passado, no que aconteceu em 74 e 78. Só estamos centrados na final", disse o técnico Bert Van Marwijk, tentando se desvencilhar do passado.

O time atual conta com Sneijder como principal jogador. O camisa 10 holandês centraliza as jogadas no meio-campo, cria e tem grandes chances de ser escolhido o melhor jogador da Copa. Já marcou cinco gols e divide com Robben o estrelato de uma seleção sólida, que venceu seus seis jogos até aqui na África do Sul.

O capitão Giovanni van Bronckhorst, no entanto, ressalta que o time holandês não depende apenas de suas estrelas. "Todos somos importantes. Não se pode ganhar um título dependendo de apenas um jogador. Existem 11 jogadores em campo e 12 no banco, e todos cumprem papel importantíssimo", disse.

A Espanha, por sua vez, nunca chegou a uma final da Copa do Mundo. Representante assíduo dos Mundiais (13 participações), o país ganhou fama por sempre prometer muito e fazer pouco. Escrita quebrada na África do Sul, mas ainda com o risco de permanecer como uma seleção sem o troféu do Mundial em sua galeria.

"Nós estamos tentando dar um passo a mais, colocar a cereja no bolo. Conseguimos chegar até a final, mas nós nem o país nos contentamos só com isso. Esperamos fazer o melhor possível e que possamos levantar a taça", disse o goleiro Iker Casillas, capitão espanhol na competição sul-africana.

Para chegar à final, a Espanha teve de se recuperar de uma derrota surpreendente na estreia contra a Suíça. Com alto índice de posse de bola e economia de gols, avançou fases com vitórias apertadas e parecer ter encontrado seu melhor futebol na semifinal, quando ganhou por 1 a 0 da Alemanha.

Com a entrada de Pedro no lugar de Fernando Torres, a equipe que começou a partida tinha seis jogadores que fizeram parte do Barcelona na última temporada. O técnico Vicente Del Bosque evita falar em base do time catalão, destaca a diversidade regional do grupo e enxerga no Mundial uma possibilidade de a Copa unir a Espanha.

"É um bom dado que tenhamos jogadores e diversas comunidades e tomara que isso uma o país. O esporte ajuda que as pessoas na Espanha não sejam tão radicais e haja uma melhor comunicação entre as comunidades", disse o treinador, lembrando que a Espanha ainda convive com movimentos separatistas em regiões como o País Basco e a Catalunha.

Prováveis escalações:

Holanda: Stekelenburg; Boulahrouz, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel, De Zeeuw e Sneijder; Robben e Kuyt; Van Persie. Técnico: Bert van Marwijk

Espanha: Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso, Iniesta e Xavi; Pedro (Ferrando Torres) e David Villa. Técnico: Vicente del Bosque

Para ficar de olho

Profecia: para manter o 100% de aproveitamento na Copa do Mundo da África do Sul, o polvo vidente precisa torcer para a Espanha, time que escolheu em seu último palpite. Se der Holanda, o polvo cairá em descrédito.

Candidatos: dos 10 jogadores pré-selecionados para melhor da Copa do Mundo, cinco estarão em campo. Sneijder e Robben pela Holanda e Xavi, Iniesta e Villa pela Espanha.

Recorde negativo: a Espanha pode ser a campeã com menor média de gols na história das Copas. São sete gols até o momento, quatro a menos do que a Inglaterra de 1966 e o Brasil de 1994, líderes do ranking.

Duelo de atilheiros: Sneijder e Robben, ambos com cinco gols, disputam a artilharia do Mundial. Müller, da Alemanha, e Diego Forlán, do Uruguai também balançaram cinco vezes a rede adversária.

Personalidades: a Fifa espera entre os convidados o príncipe Albert, de Mônaco; o emir do Catar, Xeque Hamad bin Khalifa al-Thani, o vencedor do Prêmio Nobel da Paz Desmond Tutu, e o tenista espanhol campeão em Wimbledon Rafael Nadal. Além da rainha Sofia, da Espanha, e do primeiro-ministro holandês, Jan Peter Balkenende.

Adeus: a festa de encerramento começa às 13h30 (de Brasília), também no Estádio Soccer City, e contará com a cantora colombiana Shakira como maior atração.

Comentários

© 2011 - 2024. Radio Espinharas - Todos os direitos reservados.