“A situação do abastecimento de água é preocupante e grave”, diz engenheiro agrônomo durante entrevista, em Patos
O engenheiro agrônomo e funcionário da Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (EMPASA), João Batista, foi o entrevistado na noite desta quarta-feira, dia 13, no Programa Polêmica, levado ao ar das 18 às 19h pela Rádio Espinharas, em Patos. João Batista falou sobre o volume de água nos reservatórios que abastecem dezenas de cidades do sertão e respondeu perguntas sobre as questões hídricas.
Trazendo dados atualizados sobre o volume dos reservatórios que abastecem as cidades sertanejas, João Batista relatou informações preocupantes, pois são números alarmantes diante de um consumo cada vez maior do líquido mais precioso do mundo e também cada vez mais escasso, a água potável.
Os números são os seguintes em se tratando de porcentagem de água acumulada: Coremas 6,5%, Mãe D’água 12,5%, Açude do Jatobá 12,5%, Barragem da Farinha 31,6%, Capoeira 20,7% e Cachoeira dos Cegos 15%. Os índices são os piores possíveis diante da demanda crescente do consumo e da falta de consciência dos cidadãos diante do uso reacional da água.
João Batista falou baseado em fontes oficiais, que as chuvas caídas na região de Patos em 2016 foram de apenas 575,2 milímetros que corresponde a 76% da média anual, portanto, o ano passado choveu 457 milímetros. As chuvas foram insuficientes para fazer sangrar os mananciais que já vem de anos e anos com carência de água nos seus leitos.
Um fator de agravamento no abastecimento das cidades atendidas pela adutora Coremas-Sabugi diz respeito à forma que se dá a capitação, pois a água do Açude de Coremas é despejada no rio Piranhas e capitada através do sistema da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA). O ideal, de acordo com especialista, seria que a água fosse coletada direto no açude, pois evitaria um desperdício gigantesco, no entanto. Se as comportas não aguentarem a escassez de água e tiverem que ser fechadas, o caos por falta de água pode ser inevitável.
O engenheiro agrônomo relatou que as previsões de chuva para 2017 são divergentes entre meteorologistas. Os estudos são feitos, mas alguns veem chuvas escassas e outros a normalização com a diminuição do El Nino causado pelo aquecimento do planeta que é ocasionado pela devastação da natureza pelo homem. João Batista pediu prudência no uso da água e mais consciência por parte dos cidadãos.
Do Patosonline.com
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